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quarta-feira, 27 de junho de 2012

O que eu (também) não entendo



 Era mais uma dessas noites frias de segunda-feira. Estava chovendo e ela estava entediada. Saiu do quarto e resolveu ver tv na sala. Queria algo que a tirasse do tédio e lhe trouxesse o sono. Já era tarde quando ela parou num filme que achava ser engraçado. Resolveu então pegar brigadeiro na geladeira. Ela sempre gostou de misturas estranhas, e comer algo gelado no frio era uma dessas maluquices.

Ela acompanhava atentamente o filme. Dava algumas risadas as vezes. Mas no decorrer da história ela já não estava mais achando tanta graça. Pelo contrário, ela estava ficando triste. A trilha sonora estava fazendo lembrar dele. Das suas palavras, do seu olhar, da sua risada, da sua voz... Foi quando ela parou de prestar atenção no filme. Ela olhava pra tv, mas com o pensamento distante, muito distante dali.

Ela ainda não sabia o que sentia ao certo. Depois de um mix de sentimentos, palavras e atos. Ela estava com a cabeça e o coração embaralhados. E então, começou lembrar de umas coisas que alguém a tinha dito há alguns anos atrás em relação aos sentimentos dela sobre ele. Coisas que ela sempre achou balela. Invenção dos olhos e mentes criativas alheias. Mas talvez, fosse coisas que ela, e ele (também) faziam questão de não querer enxergar o que todo mundo sempre viu.

Depois de não sei quanto tempo pensando longe, ela resolveu voltar pra cama. E ficou lá esperando o sono chegar. Acompanhou cada tic-tac do relógio, cada latido da sua cadela ou miado do gato da vizinha. Mas ela só conseguiu dormir depois de pegar seu Ipod e ouvir uma playlist que ela fez pra esses dias assim. Sem sono. Sem ele.



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